As artes marciais abrangem somente, os antigos estilos de lutas asiáticas. Portanto, lutas como Boxe, Wrestling, Savate entre outras, não podem ser incluídas nas artes marciais. Existe muita controvérsia a respeito das origens e história das artes marciais. Há também registros, como a Epopéia de Gilgamesh, de métodos de lutas similares ao Jiu-jitsu, como Luta-livre ou Luta Greco-romana, praticado em diversos países pelo menos desde 2000 a.C.
Técnicas específicas de luta, chegaram à China através da Índia, berço das artes marciais. Da China, o conhecimento de técnicas e combates sem armas, estendeu-se entre outras regiões asiáticas. No Japão, predominam as formas de lutas mais populares do mundo. As diversas formas de luta que desenvolveram-se no Japão, na antiguidade, eram conhecidas em geral, como Ju-jitsu ou Jiu-jitsu. O samurai do antigo Japão feudal, ao travar um combate corpo-a-corpo sem armas, estavam pondo em pratica o Jiu-jitsu.
Em relação a caligrafia, optamos por usar a palavra “Jiu-jitsu” ao invés de “Ju-Jitsu” pelo fato de a primeira ser mais usada no Brasil. O significado das duas palavras é o mesmo, bem como o ideograma usado em japonês para escrevê-las (Ju significa suave e Jitsu, arte ou técnica). De fato, a arte tradicional japonesa é conhecida por Ju-jitsu, mas foi adaptada no Brasil, provavelmente para diferenciar o estilo brasileiro desenvolvido pela família Gracie, conhecido como Brazilian Jiu-Jitsu.
História
Apesar de se tornar mais popular no Japão, a história do Jiu-jitsu começou na Índia (por isso a cognominação “o berço das artes marciais”), há mais de dois mil anos atrás.
Os monges monastérios indianos eram proibidos, pela religião, de se defender com armas. Mas em suas longas caminhadas, eram atacados por bandidos das tribos mongóis do norte da Ásia, nascendo então a necessidade de defesa corpo-a-corpo. Conhecedores de pontos vitais do corpo, desenvolveram um tipo de defesa especial para o tipo físico do seu povo, baixinho e franzino. Essa espécie de embrião do Jiu-jitsu acabou atravessando as fronteiras da china e indo para o arquipélago japonês, lá cultivado, conhecido apenas por nobres e samurai, o Jiu-jitsu, que significa literalmente, “Arte suave”.
Antigamente havia vários estilos de Jiu-jitsu e cada lutador tinha seu estilo próprio. Por isso o Jiu-jitsu era conhecido por vários nomes, tais como Kumiuchi, Aiki-ju-jitsu, Koppo, Tai-Jutsu, Gusoku, Koshi-no-mawari, Yawara, Hade, Jutai-Jutsu, Shubaku etc. No fim da era Tokugawa, existiam cerca de 700 estilos de Jiu-jitsu. Cada estilo tinha características próprias. Alguns davam mais ênfase às projeções ao solo, torções, estrangulamentos e outros enfatizavam ainda, golpes traumáticos como socos e chutes. A partir de então, cada estilo deu origem ao desenvolvimento de artes marciais conhecidas atualmente de acordo com suas características de luta, entre elas o Judo, Karate e Aikido por exemplo.
Por muito tempo, o Jiu-jitsu foi a luta mais praticada no Japão, até o surgimento do Judo como esporte em 1882. O Jiu-jitsu chegou a ser proibido no Japão durante um certo período como crime de lesa pátria. Com a introdução da cultura ocidental no Japão promovida pelo imperador Mutsu Hito (1867 – 1912), as artes marciais ficaram esquecidas. Elas só foram valorizadas mais tarde, quando o ocidente também já apreciava esse tipo de luta.
Jiu-Jitsu no Brasil
O mestre japonês, Mitsuo Maeda conhecido como Conde Koma, veio ao Brasil em missão diplomática, quando em Belém, Pará, conheceu Gastão Gracie, iniciando-se uma grande amizade. Conde Koma na realidade, era sensei da escola Kodokan de Judo no Japão e em razão de afinidade e favores prestados por Gastão, começou a transmitir seus conhecimentos à seu filho, Carlos Gracie, que após aprender a arte ensinou a seus irmãos, em especial a Hélio Gracie, eles aprimoraram as técnicas aprendidas tornando-as mais eficiente e acessíveis ao tipo físico de qualquer pessoa. Foi aí que nasceu o chamado Brazilian Jiu-jitsu, uma das melhores e mais eficientes forma de auto-defesa do mundo, já provadas, pelos resultados das constantes competições chamadas mixed martial arts, existente no mundo.
O Jiu-Jitsu hoje, por sua necessidade em difundir-se como esporte, tem regras e conseqüentes limitações, mas continua sendo uma arte marcial completa. O lutador de Jiu-Jitsu, apesar de não ter o conhecimento de projeções que um lutador de Judo tem, e não ser especializado em chutes e socos como o lutador de Karate, tem conhecimentos dos fundamentos dessas técnicas e treinamento único de combate no solo, que faz do Jiu-Jitsu uma luta que se equivale muito a um combate real.
Homens, mulheres, meninos e meninas de todos os continentes praticam o Jiu-Jitsu. Além do aprendizado da defesa pessoal, esta luta traz benefícios para o seu corpo aumentando o seu tônico muscular, e sua capacidade cardiovascular, além disso você também será mais saudável mentalmente, pois quem pratica esta arte ganha mais autoconfiança, fica mais bem disposto, faz amizades, e por fim elimina todo o seu stress no tatame.